Paisagens possíveis_Possible landscapes
propõe uma série de desdobramentos plásticos-performáticos referentes a determinados encontros escolhidos pela autora. A escolha acontece muito mais ao reverso. Os encontros escolhem o autor.
Encontros conceituais, cognitivos, sensoriais, cotidianos. Intimidades ou banalidades, aqueles que me escolhem me atravessam, afetam. O sentido do afeto se estende das coisas emocionais às coisas em sua concretude. Matéria, forma e linguística se atravessam e afetam mutuamente.
O afeto no exercício de desdobrar paisagens é o peso, desequilíbrio que impulsiona o movimento.
Recebo afetos como água que precisa circular.
Toda água parada em mim me adoece.
Paisagens possíveis, antes de tudo, propõe fluxos, trânsitos a partir da compreensão da experiência de estranheza fundamental a que a arte nos convoca.